Ferro de passar a Vapor Electrolux Easyline SIE60

Avaliação do Ferro de Passar a Vapor Electrolux Easyline SIE60 | Harpyja

Após algumas avaliações de ferros a seco, trazemos nossa primeira de um modelo a vapor. O Electrolux Easyline é um dos modelos mais simples da marca, junto ao Efficient; no momento não se encontra modelos a seco no catálogo. Se a coloração azul não te agrada, ofertam-se também as versões laranja (SIE50) e verde (SIE70). Além dessas variações, um modelo muito parecido surge no catálogo da Philips Walita como Série 1000 (DST1050). Não testamos o Philips Walita, mas os modelos parecem pertencer ao mesmo fornecedor, com algumas diferenças estéticas em poucas peças.

Design e Acabamento

O desenho do Easyline é composto por várias linhas retas, além de uma estrutura mais robusta, para acomodar seu reservatório de água. A coloração branca é acompanhada por peças em azul claro, formando uma boa combinação. A peça central tem certo nível de transparência, dando visibilidade para acompanhar o estado do reservatório.

O acabamento da unidade é bom, na realidade deve ser o melhor que vimos em ferros até o momento. Isso não exclui o Electrolux de leves rebarbas e desencontros, mas fica distante dos ferros mais baratos que avaliamos recentemente.

O corpo do produto não é tão mais largo que outros, porém consideravelmente mais comprido e alto. Mede 13,6 centímetros de altura, 11,6 cm de largura e 27,2 cm de comprimento. 

O exterior do modelo é plástico, com a empunhadura lustrosa e a parte transparente mais áspera. A peça mais próxima da chapa de aquecimento aparenta ser de material mais rígido.

Usabilidade

A chapa em si é coberta por um antiaderente, a qualidade é similar a de outros ferros mais baratos (embora a camada pareça mais grossa). O tamanho da chapa é grande, totalizando 176 cm²; porém comparando ao tamanho do corpo, passa a impressão que poderia ser maior. Aqui surgem 26 orifícios para saída de vapor, localizados de maneira a cobrir bem o perímetro da chapa. Não há orifícios centrais.

A ponta é capaz de alcançar entre botões, mas dependendo da profundidade não espere tanta liberdade. As bordas poupa-botões o impedem de passar por cima dos mesmos.

A empunhadura não é das mais confortáveis, mas apresenta uma pegada sólida principalmente se suas mãos não forem muito pequenas. O peso do ferro é uma parte considerável do uso. Este Electrolux é o mais pesado avaliado até agora, considerando o cabo de alimentação chega a 974 gramas. Isso com o reservatório vazio, se optar por encher o interior a unidade pode chegar a mais de 1,2 kg.

O reservatório é anunciado com 250ml de capacidade; seguindo até a marcação de máximo foi possível carregar com 260 mililitros. Com o buraco em ângulo, a melhor forma de encher é com o produto em pé, levemente inclinado para frente. Assim é possível colocar embaixo de uma torneira. Sempre faça isso com o produto fora da tomada.

 A tampa trava quando levantada, mas ainda fica um pouco bamba, podendo ficar no caminho da água. Algumas possibilidades menos embaraçosas são que ela abrisse para a lateral, tivesse um copo que ajudasse a encher ou fosse uma peça solta de silicone (como o Aquecedor e Umidificador AUP4). Um pequeno furo aparece na tampa para garantir que o vapor não acumule muita pressão e que saia pelos furos quando necessário.

Somos apresentados com algumas opções para o uso da água. Um seletor na empunhadura permite desligar ou escolher entre 2 níveis de vapor. A terceira opção é a chamada “Autolimpeza”. Utilizá-la enquanto passa roupas vai resultar na presença de pingos no tecido.

Mais duas opções surgem nos botões da empunhadura. O da direita projeta um spray de água pelo bico, e o da esquerda produz uma nuvem de vapor. Essa nuvem é uma verdadeira baforada, surge com muita rapidez e produz um som que assusta. O estouro chega a 80 dBA! É realmente surpreendente, e pode ser usada a cada 2 segundos.

Logo abaixo fica o indicador de funcionamento. A luz é visível, embora mais pelo contraste do que pela luminosidade, parece que com uma superfície diferente seria bem mais visível.

Posicionado abaixo da empunhadura está o seletor de temperaturas. É um disco liso de plástico, mas não é difícil girá-lo. Além das posições de máximo e mínimo surgem outras 4: Nylon, Seda, Lã e Algodão/Linho na mesma posição. Indicativos do uso de vapor também surgem junto aos tecidos. Um triângulo aponta a posição selecionada, mas por ser no mesmo material transparente e cor do corpo, fica pouco perceptível.

Desempenho

Considerando as posições do seletor, encontramos uma variação adequada de temperatura. Em Nylon a chapa atinge uma média de 103°C e 190°C em Linho.

A adequação das temperaturas às opções apresentadas poderia ser ligeiramente melhor. As temperaturas para tecidos sintéticos e Seda estão de acordo, Algodão surge próximo do limiar de danificar roupas, e poderia estar um pouco mais frio por precaução. Em relação à presença sugerida de vapor, está correta. Seda não é um tecido a ser trabalhado com vapor, enquanto umidade ajuda a passar Lã, Algodão e Linho. No geral é um dos mais próximos que já vimos, com a exceção de Lã, cuja temperatura pode causar danos no tecido.

Um ponto que poderia ser melhorado é a flutuação da temperatura da chapa. O ligar e desligar da resistência promove uma variação por volta de 26°C. Alguns ferros mais simples que avaliamos não passavam de 18°C. Uma flutuação menor corrigiria o risco da temperatura apresentada para Algodão e permitiria trabalhar em médias mais quentes, reduzindo o tempo que leva para passar.

Felizmente, apesar de flutuações grandes, a homogeneidade na temperatura da chapa foi mantida. Comparado com outros ferros, o Easyline assume a liderança e com certa folga nesse quesito.

Para esfriar este Electrolux apresentou um tempo elevado. Cerca de 15 minutos para partir de 135°C até 60°C. O tempo é bem superior ao de ferros mais simples e independe se a unidade está com água ou não.

Falando em água, o consumo para o vapor é realmente diferente entre os níveis apresentados, mais que duplicando. A opção mínima consome o reservatório em 28 min, e a máxima em 12 minutos. O Spray consome bem pouco (apenas meio mililitro), e o Vapor Extra pouco mais que isso por “baforada”.

Ao passar roupas, o que mais incomoda é os pingos durante a opção de vapor mais intensa. Reduzir o consumo de água nesse caso seria proveitoso. O peso maior é sentido, porém também ajuda a trabalhar no tecido. Esse ponto não dá pra ser negado, principalmente em tecidos trabalhados melhor com umidade, o Easyline apresenta bons resultados. O Spray surgiu como uma opção melhor que o Vapor Extra; e apesar de anunciado, não recomendo utilizar o ferro na vertical. O reservatório não fica em contato com a chapa, e por isso passar roupas no cabide é muito mais trabalhoso do que na horizontal, sendo praticamente todo a seco.

Esse ferro da Electrolux possui mais potência do que os modelos que avaliamos anteriormente. São anunciados 1500W, e medimos próximos disso. O consumo varia bastante se está utilizando vapor ou não. Na temperatura máxima a seco são 627 Wh, ou R$ 0,47 por hora de uso; com a opção máxima de vapor o consumo aumenta 40%: 1055 Wh, totalizando R$ 0,79 por hora de uso.

Segurança e Limpeza

As temperaturas máximas do Easyline são próximas de outros ferros. As laterais variam de 70°C (próximo da base) a 100°C (próximo da ponta). A empunhadura e regiões em volta permanecem frias.

O cabo de alimentação deste Electrolux se estende por 169 centímetros. Garante uma boa independência, entretanto a folga de seu cabo não é 360°, o que prejudica parte da manobrabilidade. Não observamos o cabo esquentar durante o uso.

Em pé o Easyline se mostra bem estável. Sua base plana e a entrada cavada para o cabo garantem uma posição de segurança com o produto na vertical. Esse é um bom jeito de guardar o produto, buscando preservar a camada antiaderente. Ela pode ser riscada por botões de metais e zíperes.

Para fazer uso da função Autolimpeza é necessário segurar o seletor nessa posição com o ferro deitado, o manual recomenda fazer isso por 5 segundos após encher o reservatório. Nesses momentos a chapa do produto se torna mais permissível à passagem de água para retirar possíveis impurezas alocadas nos orifícios. Alguns pingos podem aparecer alguns segundos após parar de usar a função.

Na realidade, pingos podem aparecer a qualquer momento que o reservatório estiver cheio e você manusear o produto na horizontal. Seja virando para a frente ou para os lados. O vazamento se torna pior caso as opções de vapor estejam ligadas ou caso água chegue ao buraco na tampa. Os transbordamentos estão mais associados a movimentos do que à posição. Então se estiver com o reservatório cheio tome cuidado, e sempre esvazie-o ao finalizar o uso.

A Electrolux oferece 12 meses de garantia para o produto.

Conclusão

O Electrolux Easyline se mostrou uma boa opção de ferro a vapor. Alguns leves ajustes no controle de temperatura e no consumo de vapor melhorariam o uso, mas comparado com opções de ferros a seco os resultados são superiores.